Fandango
País: Portugal
Província: Tejo
Género: Ambos
Tipo: Vida quotidiana/festas
Origens
Originalmente o Fandango era caracterizado por ser dançado pela mulher de forma sensual. Ao mesmo tempo, o homem galanteava a mulher, cantava e gritava, juntando também gestos, na época considerados obscenos. Era tido como uma dança de sedução entre homem e mulher.
No início do Século XIX, o Fandango era dançado e, por vezes, cantado pelos vários estratos sociais, sendo considerado por alguns visitantes estrangeiros como a verdadeira dança nacional. Ao longo da sua história foi dançado e bailado, tanto em salões nobres e teatros populares de Lisboa, como nas ruas, feiras, festas e tabernas, normalmente entre homem e mulher, entre pares de homens ou entre pares de mulheres. Nesses tempos idos, os bailadores dançavam também em pleno campo, defronte das árvores. Os mais hábeis tentavam a sorte a “fandangar” nas tabernas, com um copo de vinho na cabeça, sem o entornar.
Hoje em dia, o Fandango é dançado em quase todas as províncias de Portugal, através das mais diversas formas musicais e coreográficas. Actualmente existem, só no Ribatejo, quase vinte variantes de fandangos, tocados não só por acordeons, mas também por pífaros, gaitas-de-beiços, harmónios e clarinetes. Nas suas variadas nuances, o fandango pode ser também uma versão apenas instrumental, pode ser cantado, dançado em roda ou dançado a pares com várias combinações – homem/homem (mais frequente), homem/mulher (nalguns casos) e mulher/mulher (raramente), para além de pequenos grupos.